A nova Base Curricular só reafirma o que sempre acreditamos, o espaço escolar deve contemplar o desenvolvimento integral dos alunos e não apenas ser meramente transmissora de conhecimento.
O que agora é Lei foi sempre levado em consideração na Vila Aprendiz. A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) “estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica”.
Desde o seu início, a Escola inovou com um trabalho que seguia esse caminho, contemplando entre elas a habilidade Socioemocional. Os Psicólogos da Vila trabalharam sempre dentro de sala com seus alunos, os levando a refletir sobre suas posturas e comportamentos, desenvolvendo o respeito pelo outro, pelas diferenças, pelo desenvolvimento afetivo, assim como toda a equipe pedagógica que é frequentemente levada através dos encontros frequentes de estudos e palestras a refletir e desenvolver seus potenciais socioafetivos. Pois, só podemos desenvolver no outro aquilo que em nós foi também desenvolvido.
Além das competências existem alguns itens listados pela BNCC para garantir os direitos de aprendizagem tais como: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se.
Sendo assim com a implementação da BNCC a Educação Infantil deixou de ser um lugar na Educação relegado ao segundo plano, ganhando papel de suma importância para a educação do SER.
Ainda de acordo com as DCNEI, em seu Artigo 9º, os eixos estruturantes das práticas pedagógicas dessa etapa da Educação Básica são as interações e a brincadeira, experiências nas quais as crianças podem construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização.
Essa é a resposta para quem considerava que a Vila fazia tudo brincando e isso não era enriquecedor para a aprendizagem, a importância do brincar se confirma pela lei, assim como através de um dos mestres que está na nossa base filosófica e educativa, o psicólogo Vygotsky (1984, p. 97), nos diz sabiamente:
“A brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento proximal” que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, determinado por meio da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz”.
A escola alavanca o desenvolvimento do aluno, levando em consideração o que ele já sabe, e acrescentando a isso experiências e novos saberes. A criança não é um ser passivo diante da aprendizagem, ela contribui partilhando com os colegas de sala seus conhecimentos que são mediados por alguém que organiza a informação. É o que chamado pela BNCC de “Intencionalidade Educativa”, ou seja, o processo educativo não se dá de forma aleatória, o mediador tem um papel muito importante, que planeja, organiza, monitora de forma variada o processo de desenvolvimento da criança. O professor deve estar preparado e a escola também.
É hora da Educação brasileira se modernizar, mudar conceitos, quebrar paradigmas.
Obs: Vale a consulta para os pais interessados sobre a BNCC.