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Uso prolongado de smartphones por crianças e adolescentes pode causar problemas à saúde mental

Atualizado: 20 de jul. de 2021



Eles estão cada vez mais presentes no dia-a-dia das crianças e adolescentes, os aparelhos eletroeletrônicos como smartphones, tablets e notebooks são elementos comuns da vida de boa parte dessa parcela da população. Segundo a Pesquisa TIC Kids Online, que entrevistou 3,1 mil jovens e 3,1 mil responsáveis brasileiros entre novembro de 2017 e maio de 2018, 44% deles entre 9 e 17 anos acessa as redes somente pelo telefone móvel. No ranking mundial, crianças do ABC lideram quando se trata do maior tempo gasto na frente desses dispositivos, como aponta o Estudo Internacional de Obesidade, Estilo de Vida e Ambiente na Infância.


De acordo com a psicóloga Rita Amado fatores sociais influenciam diretamente no consumo dessas tecnologias na infância e juventude. “Crianças com possibilidades econômicas maiores consomem mais cedo a tecnologia, acabam excedendo o uso recomendando, em classes econômicas menos favorecidas, pelo fato do acesso à internet ainda não ser tão fácil acabam sendo preservados, tendo a possibilidade de brincar, o que é essencial ao desenvolvimento da infância”, explica Rita Amado.


A especialista aponta ainda, que a geração Z tende a estar mais inserida na massificação do uso do celular, são multitarefas, e tendem a desenvolver relações mais superficiais. “Estamos vendo a formação de uma geração que está criando uma verdadeira dependência de uso dos eletrônicos, as crianças estão deixando de viver o mais importante da infância que é o brincar, ganham dezenas de brinquedos que logo após saírem da caixa ficam encostados em algum lugar da casa. O que é lamentável, pois, brincar é um ato social, é através da brincadeira que aprendemos a nos relacionar, a vivenciar os mais diversos papéis, é brincando que se aprende a ganhar e a perder”, lamenta a psicóloga.



Papel da Família


Os pais e responsáveis devem ficar atentos ao comportamento das crianças e jovens, assim como é fundamental o autocontrole em relação uso dos celulares e outros aparatos na frente dos filhos. “Devido ao seu volume de trabalho, eles mantêm uma criança em frente a uma TV ou a um Tablet, pois assim eles incomodam menos. Mas, o papel dos pais é primordial, eles devem conhecer todos os riscos a que seus filhos estão expostos”, comenta Rita.



Perspectivas


Especialistas e pesquisadores vêm trabalhando para trazer equilíbrio no que diz respeito ao uso de aparelhos tecnológicos por parte de crianças e jovens em casa e no ambiente escolar. Os celulares não serão banidos da vida desse público, mas regras vem para delimitar uma relação consciente de maneira a estimular a prática de atividades que nem sempre venham acompanhadas das tecnologias. Uma busca nos costumes das crianças do passado para garantir um futuro saudável das crianças de hoje. “Podemos dizer que fórmulas antigas servem para o futuro, numa tentativa de conciliar o velho e o novo. Para criarmos crianças que aprendam olhar ao redor e aprendam a perceber que ser é mais importante que ter”, conclui Rita Amado.

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